quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Estréia: O mundo de Madame

Jornal que se preze no Brasil(não há similar em outros países), tem que ter "colônia social". Como veículos que dão voz a elite, e a antiga classe média que adora macaqueá-la, jornais precisam fazer você crer que há uma camada da sociedade(colunáveis, citáveis, bajuláveis, etc)que merece ter seus atos, hábitos e costumes destacados.
Como se a (boa)sociedade se resumisse a parte de cima dela. Lógico, que as colônias sociais têm a pretensão de ditar regras e valores, arbitrar quem merece ou não reconhecimento, e mais, excluir e marginalizar o outro, SEMPRE.

E, na medida, que o Diário da Manhã é o mais vendido, o mais diário, e o mais manhã, lançamos hoje a nossa colônia social, onde você leitor-freguês, que sempre tem razão, vai poder futricar a vida alheia, mas dessa vez, usando as lentes da "realidade".

Bem vindo ao mundo de Madame, ou MMe., para os íntimos. Aos interessados em contribuir, entre em contato pelo nosso e-mail, que disponibilizaremos nossa conta para depósitos.

O mundo de Madame


Bairrismo, bairrismo, negócios à parte.
Foi a maior festa. Depois de chegar de um banho civilizatório, vindo da Cidade Luz de primeira classe, é lógico, W. Dodói, grande fornecedor de cana na região, apresentou seu novo lote de escravos, comprados recentemente das terras alagoanas. Aos que perguntaram porque não prestigiava o mercado local, W, disse que, nesse caso, o que conta são os critérios de produtividade. Ahhh, está explicado então!


Quem pode, pode!
Depois do aporte de mais alguns milhões do FUNDECAM, o pessoal do jet-set foi as compras. Mercado imobiliário e de carros de luxo anda em polvorosa. Falam até em ágio, mas nada que o mercado e o dinheiro público não dêem conta! 

Absurdo!
Falta mão-de-obra na região. São o que dizem nossa melhores amigas, que não conseguem recrutar mais mucamas para cuidar de seus rebentos, lavar, passar, cozinhar, e em alguns casos, até cuidar dos desejos do patrão. Veja que as petulantes querem mais que o salário-mínimo, carteira assinada, e todos esses mimos que chamam de direitos. Ô, gentinha. Dias desses, uma coloniável nos segredou que teve, ela mesma, servir a mesa e os quitutes em um domingo à noite, para seus 48 convidados.

Bon vivant.
Sr Y, que fez negócio milionário (mas indizível) com a empresa HbUI-Z, arrumou sua samsonite e partiu para um paraíso(fiscal). Foi olhar como anda suas plantação de laranjas. Dizem que as últimas licitações foram uma benção!


Exemplo. Nosso coloniável, W.Dodói enquanto explica a política de gestão de pessoas nas suas terras para um de seus colaboradores.




Deus abençoe aos ricos de espírito, porque deles é o reino da terra! (MMe.)

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